Grande Público! Não houve espinhos no espectáculo teatral levado a cabo ontem, dia 20 de Abril, na Sala 18, Sala de Educação Musical ( Sala Sophia de Mello Breyner, melhor dizendo).
Este encontro interactivo com dois actores e um músico- reduzido elenco o da peça «Histórias para crianças mal comportadas»- , foi francamente bem conseguido. A simplicidade dos cenários , o som comovente do saxofone e a imponência e fúria do tambor, a irreverência dos actores, a pertinência dos textos, a garra do público deram origem ao prestigiante comentário do casal Rita Neves e Pedro Monteiro: Este público deu luta e nós estivemos à sua altura.
A BE COSIDERA MUITO POSITIVO O BALANÇO DESTA ACTIVIDADE.
Falemos da peça:
Rita Neves, Pedro Monteiro e Igor Martins, do grupo Te- Atrito, interpretaram ,na sala 18 da escola, depois de eles próprios a terem arrumado para a recepção do público, a peça «Histórias para crianças mal comportadas» baseada na obra de Jacques Prévert.
Desta obra, foram dramatizados os textos: «Cavalo numa ilha», «A Avestruz», «Um Drama na Corte», «Bairro Livre» e «Manhã Farta».
Em todas as cenas de todas as histórias, o absurdo esteve presente. Sabem porquê? Porque, juntamente com Ionesco e Beckett, Jacques Prévert foi, precisamente, um dos cultores do «teatro do Absurdo». Trata-se de um teatro desalinhado, como todos os espectadores puderam perceber, em que não só é conseguido o entretenimento, como também, através da ironia e do humor, são ridicularizadas aquelas injustiças e procedimentos institucionais reconhecidos por todos mas denunciados apenas pelos CORAJOSOS. A defesa dos fracos e oprimidos, em cenários de grande pobreza, fazem-nos reflectir sobre a deficiente evolução política e económica que se observa ainda em pleno século XXI.
Como podemos ler nos panfletos entregues pelos actores, estes não se dispersaram, foram às sínteses do essencial e foi nessas sínteses que o público identificou os assuntos: A clareza foi tal que só não viu quem não quis.
Alunos das turmas CEFA, CEF B. CEFC e PIEF
De entre o público, destacaram-se alguns alunos que quase impossibilitaram a saída dos artistas.
Num frutífero diálogo, foi lançado o desafio de uma peça de teatro encenada pelos alunos mais corajosos.
Os actores da peça «Histórias para Crianças mal comportadas» comprometeram-se a integrar o público da eventual peça. Força!
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